E quero que você venha comigo

Chico e Caetano a darem show enquanto eu “curto” o trânsito da Marginal:

“Você não entende nada”

Quando eu chego em casa nada me consola, você está sempre aflita
Lágrimas nos olhos de cortar cebola, você é tão bonita
Você traz a coca-cola, eu tomo
Você bota a mesa, eu como, eu como, eu como, eu como, eu como
Você
não tá entendendo quase nada do que eu digo
Eu quero é ir-me embora, eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo
Eu me sento, eu fumo, eu como, eu não agüento, você está tão curtida
Eu quero é tocar fogo neste apartamento, você não acredita
Traz meu café com suita, eu tomo
Bota a sobremesa, eu como, eu como, eu como, eu como, eu como
Você
tem que saber que eu quero é correr mundo, correr perigo
Eu quero é ir-me embora, eu quero é dar o fora
E quero que você venha comigo
E quero que você venha comigo
Todo o dia…
E quero que você venha comigo
Todo o dia…
E quero que você venha comigo
Todo o dia…
E quero que você venha comigo
Todo o dia…

Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã

Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher
Diz que está me esperando pro jantar
E me beija com a boca de café

Todo dia eu só penso em poder parar
Meio dia eu só penso em dizer não
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão

Seis da tarde como era de se esperar
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão

Toda noite ela diz pra eu não me afastar
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pra eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor

Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã

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11 respostas a E quero que você venha comigo

  1. Miguel A. diz:

    É isso mesmo: ao vivo, salvo erro, S. Salvador da Baia, 1969.

    Já comprei por 2 vezes esse CD, por 2 vezes visitas mo gamaram de casa. O disco é genial, mesmo com um som péssimo (para os nossos dias).

  2. kianda diz:

    Genial !!! Este verão vi o Caetano e violão num sítio lindissimo, foi show de bola!!!
    Oh Miguel A. que vizinhança a tua 😉

  3. Miguel A. diz:

    Quem mos ‘subtraiu’ ao stock foi um primo , e um tio meu. Por coincidência, pai e filho. Com uns 2 anos de diferença entre ‘subtrações’. Deve ser genético.

    Gamar é uma palavra horrivel ,as minhas desculpas.

  4. kianda diz:

    Eng, tb acontecem coisas boas em Luanda, Bossa Nova ao ritmo de jazz, no Hotel Trópico, http://kianda.wordpress.com/2008/10/24/leny-andrade-trio/

  5. kianda diz:

    Miguel A. , rectifico “Que família a tua”, 🙂 … brincadeiraaaaa. Gente de bom gosto é sempre perdoada.

  6. engricky diz:

    Eu sei que sim Kianda, acontecem coisas boas por cá. Os preços é que não costumam ajudar. Mas há de tudo…

    Essa estória de “emprestar” CD’s é uma alegria. Parece que voam…

  7. Miguel A. diz:

    Kianda /Ricky:

    Ao longo dos anos voaram mais de 50 cd’s, alguns muito raros mesmo, de minha casa; cassetes gravadas a partir de de discos, então perdi a conta; até uma edição ‘especialissima de corrida’, do Alfredo Marceneiro (!) me desapareceu, gravada numa tasca de Alfama, de um disco que deve ter hoje, já uns 50 anos, pelo menos…

  8. kianda diz:

    Por isso é que eu não empresto CD’s e mesmo DVD’s cada vez empresto menos, porque “voam” !!!

  9. engricky diz:

    Eh pá… Essa do Alfredo Marceneiro dá dó.
    A 1ª vez que vim para Angola ainda trouxe bastantes CDs e DVDs. A 2ª trouxe 2 discos externos: um de 120 e outro de 160GB 🙂

  10. Miguel A. diz:

    Não dá nada, Ricky. Não gosto de fado, mas ouvir o Marceneiro, já com uns tintos valentes, a cantar aquelas fadunchos (lol) mafiosos, é de alto nível…

  11. engricky diz:

    Eu gosto de fado. Então um faduncho corridinho e com umas letras porreiras…

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